17 de dezembro de 2021
A opção pela blindagem automotiva vem se tornando cada vez mais popular, principalmente nas grandes cidades onde os riscos e crimes são maiores. Apesar do último levantamento feito pela Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin) ser antigo (2014), onde indicava uma alta pelo quinto ano consecutivo, tudo indica que esses números continuaram subindo. Mas se você pensa em transformar seu automóvel, precisamos esclarecer alguns pontos importantes. 1- Níveis de blindagem: No Brasil, existem 4 níveis de blindagem e esses seguem as normas da ABNT-NBR 15000. Nível I: Resistente a disparos de armas de calibre 32 e 38, além de ataques com ferros e pedras. Nível II e II-A: Resistentes a armas como pistolas 9 milímetros e Magnum 357. Nível III-A: Suporta quatro vezes mais que o Nível I e resiste ao ataque de armas de mão de todos os calibres, submetralhadoras, pistolas 9 milímetros e Magnum 44. 2- É blindagem e não um tanque de guerra: Por mais resistentes que sejam os vidros, as chapas de aço e os materiais utilizados nas portas, o risco de um projétil penetrar o interior do veículo ainda existe. De acordo com os especialistas, existem pontos vulneráveis em um automóvel mesmo após a blindagem. Outro fator que apontam é a capacidade limitada de resistência a tiros. As balas de armas com impacto mais potente podem penetrar a blindagem em caso de persistência no mesmo local. 3- Manutenção: O carro blindado também implica em manutenções mais caras, isso porque o conserto e as as peças podem custar cerca de 20% a mais do que o mesmo processo de um automóvel comum. 4- Peso e potência: Devido ao peso extra da blindagem (em torno de 70 kg a 130 kg a mais no carro) isso consequentemente afeta a potência. Por isso, a importância de realizar esse serviço com empresas especializadas e confiáveis, pois irão orientar adequadamente. 5- Consumo: Também devido ao peso extra, o esforço do motor será maior e assim o consumo de combustível aumentará. Porém, já existem algumas novas tecnologias de blindagem que minimizam um pouco o peso. 6- Revenda: Um carro blindado, por tratar-se de um produto específico pode sofrer desvalorização na revenda, embora a blindagem em si, se desvalorize pouco. 7- Seguro: Embora diminua muito a probabilidade de furtos, o alto custo de reparos em eventuais sinistros, faz com que o valor do seguro seja afetado. Porém, algumas companhias, para equilibrar um pouco esse alto custo, “divide” o seguro em partes blindadas e partes não-blindadas (espelhos, retrovisores, grade dianteira e faróis, por exemplo). 8- Segurança dos pneus: As rodas recebem proteção, que pode ser cinta de aço ou polímeros especiais. Esses dispositivos permitem que o veículo rode por alguns quilômetros a certa velocidade e se desloque até uma zona de segurança. 9- Valor: Quando falamos em valores de serviços, isso pode variar muito, principalmente nesse caso onde depende do prestador, tipo de blindagem e modelo do carro. Alguns desses procedimentos podem até superar o valor do veículo. Por mais que esteja tornando-se um serviço “mais popular” e consequentemente diminuindo seu valor, uma estimativa é que dependendo dos fatores mencionados, o custo possa variar entre R$40.000 à R$75.000. Lembramos apenas que em 2020 e 2021 por falta de insumos (aço, alumínio e alguns componentes eletrônicos mais específicos), a indústria automobilística mundial sofreu significativa queda na produção e consequentemente, vendas. Havendo assim, supervalorização dos seminovos, chegando a impressionantes 25% de aumento em certos casos, inclusive nos mais comerciais e conforme região/demanda, nos blindados também. 10- Cuidados: Como já mencionamos anteriormente, é um carro blindado e não um tanque de guerra. Por isso, não faz sentido ter um carro blindado sem ter uma postura precavida. Um automóvel blindado exige hábitos cautelosos e um comportamento seguro para que a proteção seja funcional. Gostou da matéria, compartilhe em suas redes sociais! FONTE: Mundo Fixa.